Sinto que tenho a vida em suspenso.
Sinto que me roubaram uma calma e uma alegria que há muito tempo estava em mim de forma constante. Sinto que me arrancaram a sangue frio, com um bisturi afiado, a capacidade de ter paz.
No entanto, quando penso na quantidade de pessoas que me arrancam suspiros e que me abraçam com palavras, tudo parece entrar nos eixos. Então renasce a fé, renasce a força.
Renasce um agradecimento vincado por todas as pessoas que teimam colorir o meu mundo e transformá-lo num jardim no qual me sinta bem.
Sempre que me lembro de toda a atenção, de pessoas que perguntam como estou e, efectivamente, aguardam o meu feedback, sempre que recordo todos os carinhos que me destinam... É assim que eu sei que tenho pessoas que gostam de mim. Pessoas que estão comigo e fazem mesmo questão de estar. Independentemente da forma como respondo, como reajo, como sinto o que digo. Independentemente de ter lágrimas ou o tom de voz alterado.
Tenho na minha vida as pessoas que querem estar. Que fazem questão de ficar. Que se esforçam por colorir, com os seus tons próprios, o meu arco-íris. Pessoas que sabem o quanto vale um abraço no meio do furacão. Pessoas que sabem ouvir quando as lágrimas falam o grito mais ensurdecedor.
É quando vejo e sinto cada pessoa que levo no meu coração que sei que tenho a maior riqueza do mundo. Tenho pessoas que não esperam que eu seja uma super-mulher ou uma heroína sem problemas. Não esperam que eu reaja como elas reagem ou da forma que elas querem.
Existem no meu coração pessoas muito heterogéneas com um interesse comum: a minha felicidade.
Grata, muito grata estou pelo vosso apoio. Viverei mil anos, e alguns dos nossos destinos se afastarão, mas nunca esquecerei de quem salvou o bater do meu coração.
Bem hajam!