segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Inspiração "Gratidão de Segunda Feira"

Quando me custa enfrentar os pequenos dissabores do dia a dia, tenho por hábito pensar no que me fez chegar até aqui. Questiono-me por que razão lutei, relembro-me das coisas que abdiquei e dos pontapés que fui dando, e recebendo, ao longo do caminho. 
Não poderei dizer que é fácil nem que nunca deu vontade de atirar tudo para o ar. No entanto, no final de contas, o saldo é francamente positivo: há muito mais a agradecer do que a lamentar. 



sexta-feira, fevereiro 16, 2018

À Avó Regina

Quando os sinos tocam e as pessoas que mais amamos se transformam em anjos, o mundo torna-se um lugar mais pobre. Foi assim que, há quinze anos, te vi partir: num dia soalheiro mas frio que ficou marcado pela dor da saudade.

Um dos maiores sinais de maturidade que podemos sentir é aceitar que a morte acaba por ser menos dura do que a vida. Quanto mais cresço, mais me dou conta de que a tua recta final foi acutilante mas rápida. E só muito tempo depois consegui aceitar que foi melhor assim. 

Imagino que aí no céu tenhas muitos amigos e soltes gargalhadas estridentes tão caracteristicamente tuas. Imagino que aí haja lugar para cantares bem alto e teceres lindas peças de linho. Para plantares flores e regares os teus cultivos. 

Tanto que me ensinaste, minha querida avó. Tanto que deixaste em mim... Tanto que aprendi, desde tenra idade: o perdão, o carinho, a compreensão, o amor. Aprendi a ver as mãos cheias de rugas mas trabalhadoras, as costas curvadas pela idade mas fortes para aguentar os duros golpes da vida. Aprendi a ver no teu sorriso, o maior amor do mundo. 

E mesmo que esse malvado te tenha levado de mim, o teu lugarzinho continua cá, intacto, onde morte nenhuma será capaz de apagar as lembranças doces que deixaste em mim. 

Até sempre, avó. Sei que um dia voltaremos a rir juntas. 




quarta-feira, fevereiro 14, 2018

Crónica de um amor solitário

Sempre ouvi dizer que não se morre por amor; morre-se por falta de amor.
Não morre o corpo mas vai morrendo a alma. Sinto-o desde o dia que partiste. Sinto-o mais nuns uns dias do que noutros. Nunca o senti no dia de S. Valentim, "vá-se lá saber por quê".  Sinto-o no Natal. Sinto-o nos aniversários. Sinto-o nos dias de sol e naqueles frios, chuvosos em que o vento nos corta a alma. 
Há abraços que se dão com a alma e é assim que te tenho recordado. É assim que eu tenho mantido a recordação de alguém que me amou sem reservas e se atirou de cabeça tanto quanto eu. 
A vida mudou mas hoje continua tudo igual: apenas um prato na mesa, apenas um par de pegadas à beira mar, apenas um copo de champanhe na hora do brinde... Apenas um coração a recordar e a agradecer por todos os risos, todas as alegrias, todo o amor. 
Um dia sei que também este coração conseguirá perdoar. Talvez nesse dia o arco-íris volte a aparecer e a vida ainda seja capaz de provar que não se morre de amor; renasce-se. 

terça-feira, fevereiro 06, 2018

Inspiração #UmaQuestãodeConfiançanosArgumentos

                                      



Quantas vezes já assistiu a discussões e viu os intervenientes levantarem a voz, tornarem-se mais rudes ou perderem a razão por não conseguirem defender as suas ideias? 

Mais importante do que focar-se na ideia de vencer a guerra, é concentrar-se naquilo que pretende defender: nas motivações, nos benefícios, nos factos. 

Qualquer um pode perder uma guerra mas ninguém poderá sentir-se derrotado quando expõe os seus argumentos e acredita neles. 

segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Inspiração #AGenteExisteParaSerFeliz

Nascemos para sermos o que quisermos. Vivemos conforme acreditamos.
Eu acredito que a vida é muito mais do que trabalhar.
Neste dia da semana que é tão difícil para muitos, lembrem-se: não vivemos para trabalhar; nós trabalhamos para viver.
Boa semana!

domingo, fevereiro 04, 2018

Hoje e sempre: dia de luta contra o Cancro

Pareço boa pessoa mas também ha coisas que odeio. Muito. Uma delas é esse flagelo chamado Cancro. 
O cancro nunca é apenas de quem o tem: é também de quem rodeia um doente oncológico. São vidas transformadas, outras destruídas. São pessoas que nunca mais serão as mesmas, mesmo que sobrevivam. 
Foi com um sentimento de revolta e impotência que vi o cancro roubar-me amigos, familiares, colegas. Vi-o nos olhos de professores, que também já partiram. Vi-o estampado no rosto de desconhecidos com quem me cruzo sempre que vou ao hospital. 
Vi-o nos olhos de quem mais amo e vi a maior adaptação de que um ser humano é capaz. 
Vi o cancro, várias vezes, com os meus olhos. E a fase terminal é deveras sufocante. Ver quem amamos perder a hipótese de se agarrar à vida e nada podermos fazer é tão desgastante, chega a roçar o desumano...
Saber que não podemos proteger-nos, fugir dele, pedir-lhe que pare de destruir vidas, torna a revolta maior. 

Cancro, hoje quero olhar-te nos olhos e dizer-te que te odeio e que tudo o que eu mais desejo é que um dia te seja diagnosticado um tipo raro de cancro e morras.

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Inspiração #16 - Pessoas

Se eu acredito nas pessoas? 
Não, não acredito na genuinidade de todas as pessoas e sei que nem todas merecem a minha confiança. Somos seres diferentes: uns merecem o meu carinho, outros merecem o meu desprezo. No entanto, as pessoas que merecem o meu desprezo podem merecer o carinho e confiança de outros. Não valorizamos todos o mesmo tipo de características, não sentimos afinidade com todos os tipos de personalidade. Até aqui, nada de novo. 

De mim, as pessoas podem ter tudo ou não ter nada. Não existe meio termo pois os que me merecem, merecem-me por inteiro. E para esses dou tudo o que tenho de melhor. 
Gosto de parar o tempo, de lhes dedicar parte do meu dia, de reservar palavras acolhedoras neste mundo, tantas vezes, frio e apressado. 

Acredito no melhor das minhas pessoas. Acredito genuinamente nas suas capacidades, nos seus sonhos, nas suas ambições. Preocupo-me com as suas inquietações e problemas. Porque são as minhas pessoas. Porque são as pessoas de quem eu gosto. Pessoas para quem, muitas vezes, eu sou mais uma maluquinha, demasiado sensível e irritante no mundo. É precisamente assim que eu sou, não há dúvida. 

Mas só quem recebe uma palavra de incentivo na hora certa ou quem tem alguém que lhes dê um abanão quando estão prestes a desistir, sabe a sorte que é ter um pessoa ridiculamente sensível nas suas vidas. 

É nisto que eu acredito: na capacidade de distribuir sorrisos, de abraçar quem gostamos, de acarinhar aqueles que estão perto ou mesmo os que estão longe. Acredito que a vida é efémera e que aqueles de quem gostamos merecem o melhor de nós. Mesmo que não seja todos os dias, sete dias por semana. 
Somos instantes e estamos de passagem. Quantos de nós fazem esta viagem valer a pena? Quantos de nós têm a coragem de viver de peito aberto e mostrar o que são, o que querem, o que os preocupa, o que lhes dói? O mundo não está preparado para pessoas que se preocupam com as outras. Mas eu não quero saber do que o mundo pensa: eu continuarei a ser ridiculamente presente na vida de quem amo. 

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

Inspiração #15 - Coragem!


Ter consciência do que temos e do que somos é meio caminho andado para conseguirmos o que queremos. 
Os restantes ingredientes para a receita do sucesso são ousadia e coragem! 
Arrisquemos mais! 

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