sexta-feira, setembro 29, 2017

A todos nós: solteiros de coração sereno e feliz


Tenho 32 anos e sou solteira. Por opção ou falta de opção, isso é irrelevante. O certo é que em nenhum momento senti desconforto em admiti-lo ou tive medo de passar a minha vida sozinha. Por outro lado, já me envergonha admitir que as poucas pessoas que deixei entrar na minha vida, foram dois valentes tiros no pé.
Não sei se sou solteira pela falta de tempo para conhecer novas pessoas ou se pelo meu feitio “tacanho” de não deixar nenhum homem aproximar-se sem achar que quer apenas tratar-me como uma boneca. Não sei se sou eu que bloqueio todo e qualquer contacto com desconhecidos devido ao passado: confiar nas pessoas erradas trouxe-me uma descrença na minha capacidade de avaliar o carácter de quem se aproxima. De tanto pôr as mãos no fogo, acabei por me queimar e as cicatrizes relembram-me frequentemente de uma dor quase mortal.

Não sei se sou solteira porque não me habituo à era moderna: não tenho tinder, happen, nem aplicações desse género. Mas não tenho nada contra! Raramente, muito raramente, falo no chat com pessoas que não conheça pessoalmente e com quem não tenha algum tipo de relação (amizade, laboral ou apenas um conhecido). Na verdade, não gosto de mensagens de chat, sempre preferi o convívio numa mesa de café ou ter os amigos reunidos em casa, sentados no sofá.
Não sei se sou solteira porque os meus objetivos não passam por constituir família e ter filhos. Nunca o foram. Duvido que algum dia venham a ser.
Mas sei que sou solteira porque ainda não encontrei alguém que me aceitasse como eu sou e que tivesse coragem para se adaptar aos meus defeitos e dar-me tempo para que eu me adaptasse aos dele. Sou solteira porque me recuso a entrar em relações só para não estar sozinha. Na verdade, gosto muito da minha própria companhia e, independentemente do que o futuro me trouxer, necessito dos meus momentos solitários.
Sou solteira porque decidi resolver os meus problemas antes de trazer alguém para a minha vida. Continuo solteira porque não preciso de ninguém para substituir uma lâmpada, para mudar de cortinas ou para mostrar às pessoas que alguém “me pega”. As pessoas são para ser valorizadas enquanto pessoas e não como bonecos de vitrine para alimentar aparências.


Se acredito no amor? Sempre! Vejo-o em casais que conheço e com quem tenho muita sorte de conviver. E sei dizer-vos que sim, o amor existe. E que é maravilhoso ver as pessoas de quem mais gosto abençoadas com este sentimento.
Se vou ter a sorte de viver um amor que valha a pena? Não sei, ninguém sabe. Só o tempo dirá. Se gostava? Houve tempos em que disse que não. Hoje digo que sim, que já limpei do coração as ervas daninhas que podiam arruinar qualquer futuro.
E se não encontrar ninguém que me ame? Não faz mal, não morrerei por causa disso. Tenho outros tipos de amor, que embora não substituam esse amor-amor, são igualmente maravilhosos. E, esses sim, são essenciais à minha vida.
Se vou continuar a acreditar que mais vale sozinha do que “mal-acompanhada”? Sim, sempre! Estar sozinha não me assusta, a opinião dos outros não me interessa, os comentários tantas vezes maldosos que ouvimos, já não me afetam.
Não acho que haja falta de amor; acho que há pessoas que não estão dispostas a amar. A admitir o amor. A viver o amor na sua plenitude. A entregar-se sem reservas. A persistir. A trabalhar a compreensão, a tolerância, o perdão.
Sou solteira porque o amor para mim é mais do que aparência, do que uma palavra ou do que dizer: “já não sou encalhada”.
Sou solteira aos 32 anos mas vou acreditar no amor. Sempre. Às vezes tenho dificuldade em acreditar nas pessoas, mas isso já são outros quinhentos.

Feliz dia a todos nós: solteiros de coração sereno e feliz! 

terça-feira, setembro 26, 2017

E ponto.

Pouco me importa que te foques nas revistas, nas cartas de tarot ou na bola de cristal.
Nem sequer me interessa se te focas no sorriso dos teus filhos, nos abraços que recebes na rua, nos olhares incógnitos que contigo se cruzam.
Não me interessa se preferes o cursor a piscar insistentemente no monitor, se a caneta de cor azul marinho da qual não abdicas.
Não me interessa se vais a pé, de carro, de bicicleta ou de trotinete. Nem mesmo que vás de barco ou avião.
Não me interessa se levas sapatilhas, sapatos de salto ou mini-saia. Nem se vais ter fome, frio ou sono.
A verdade é uma, é simples e é a mais autêntica forma de viver: faz o que te faz feliz! Ponto. 😍🙏💖💫

segunda-feira, setembro 25, 2017

O poder do Sonho

No dia em que guardei a capacidade de sonhar e deitei a chave da gaveta ao lixo, cometi o maior erro da minha vida. Naquela gaveta estava uma parte de mim, do brilho dos meus olhos, da esperança que me preenchia cada milímetro do meu ser.

Às vezes deixamos que as pedras do caminho nos obriguem a tomar decisões destas. Tão erradas! Deixei os sonhos na gaveta durante uns meses e asseguro-vos: foram os piores meses da minha vida!
Não sou pessoa de desistir: arregacei as mangas e "chafurdei" num misto de emoções descontroladas . Procurei o fio de uma meada tão densa, tão entrelaçada que só de me lembrar fico cansada! Mergulhei num mar tão gélido quanto enfurecido. Mergulhei, engoli água. Muita água. Não sabia a sal, sabia a medo, a terror.

A tábua de salvação tinha inscrita a palavra "Sonhos" mas tudo o que eu via era um pesadelo sem fim.
Aos poucos fui procurando a chave; tentar abrir a gaveta com um mar tão agitado não deu certo.
Aos poucos deixei a esperança entrar, de tanto bater à porta, apreciei a sua teimosia. Foi ficando. Com ela vieram os dias mais harmoniosos, as brisas mais refrescantes. Fui andando, vivendo. Quando dei por mim, estava de novo a projectar um futuro, a dar asas à minha alma, a traçar um rumo. Já estava na luta, sempre à minha maneira (da qual muito me orgulho), sem pisar, enganar ou maltratar uma só pessoa que fosse. Sem me dar conta, eu estava ali, com a gaveta escancarada e com o peito aberto. Eu estava a viver. A gaveta, vulgarmente denominada coração, albergava os meus maiores sonhos, os meus guias, aquilo em que só eu sei acreditar.

Podem um dia voltar a roubar-me tudo. Mas eu sei que enquanto eu tiver o coração repleto de sonhos, a felicidade está ao alcance da minha vontade, do meu querer. E enquanto assim for, ninguém me tira a vontade de conquistar​ o mundo! O meu pequeno mas valioso mundo!


Feliz dia do Sonho!

terça-feira, setembro 05, 2017

Acasos bonitos da vida



Pessoas que despertam o melhor que há em nós.

Um brinde aos acasos bonitos da vida! 
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