quinta-feira, dezembro 31, 2015

2016: All We Need Is Love

À luz daquilo que se vê por estes dias, eu vou elevar a voz e posicionar o tom. Não para que me oiçam mas para que retenham o que vos digo. 
Para 2016 desejo-vos um oceano de AMOR. Sim, eu sei que a saúde é muito importante, que a promoção que tanto se almeja traria mais felicidade, que o euromilhões seria a cereja no topo do bolo. Sei isso tudo e concordo. Mas quando tudo isso falha? O que nos sobra? O que nos sustenta? O que nos faz voltar a sorrir? 
É o amor. Nunca vi ninguém que ama, e que sa
be que é amado, sentir-me fraco, impotente, desesperado por muito tempo. Quem tem coragem de me dizer que nunca se sentiu maus forte por ter uma mão na sua? Por ter um porto de abrigo? Por ter alguém que ouve e abraça? Quem se sentiu triste num abraço?
Meus amigos, não vos desejo muito mas desejo o mais importante: amor. O tipo de amor que preferirem, eu deixo ao vosso critério. 
E quando todos os amores vos falharem terão sempre o mais importante, o mais valioso, o mais profundo: o amor-próprio. Sem ele não encontrarão amor em nenhuma esquina do mundo. Com ele encontrarão amor até nas pedras da calçada. 
Amem, amem muito. Passeiem no parque. Mergulhem de cabeça no novo emprego. Bebam à luz do pôr do sol e contemplem o céu estrelado das noites amenas. 
Amém, acreditem e façam 2016 valer a pena. 
Feliz Ano Novo * 👌💞😘

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Mensagem Atípica de Natal

Gostava de vos dizer uma coisa antes do velhinho de barbas brancas descer pela chaminé. Na verdade, gostava de vos dizer isto com mais frequência e com mais entusiasmo. 


O ano tem 365 dias. Dispensem 365 segundos de cada dia de 2016 a demonstrar às pessoas o quão especiais são para vós. O tempo e o carinho são tantas vezes o bem mais precioso que se pode oferecer. 


Gostava de vos dizer que dispensem algum tempo para vós próprios. Não para recriminar mas para respirar o momento que se vive. Encontrem o vosso coração e oiçam-no. Encontrem os vossos desejos, ambições e deixem a mente desejar. Deixem-se levar, tracem caminhos, percorram-nos, caiam, levantem-se, sigam! Não deixem que vos tirem a esperança nem o sonho. São eles, as vossas pessoas e o vosso coração que vos manterão firmes perante as desilusões da vida. 
Busquem, procurem, não baixem os braços. Há sempre um dia perfeito à vossa espera para alcançarem o que querem. 
Procurem motivação. Procurem um ombro para chorar. Procurem alguém que acredite em vós. E elaborem um plano, pequenos passos de cada vez. Chorem, suem mas em momento algum parem no meio do caminho. Descansem, se for necessário mas não se distraiam. 

A adrenalina do desafio é gigante. O poder dos nossos sonhos e objectivos é infinito, Ter alguém que acredite em vós é extraordinário. É o combustível de reserva para quando estiverem cansados.

A vida é muito curta. Vamos então deixar que as pedras da calçada nos impeçam de dançar? Ou que as nuvens nos impeçam de voar? Ou que o vento nos impeça de criar a mais bela melodia?

Gostava de vos dizer uma coisa antes de terminar: a pessoa mais importante da vossa vida, são vocês próprios. E o caminho mais gratificante será sempre o vosso. Vão deixar que alguém o viva por vocês ou vão permitir que alguém vos impeça de ser feliz? 

Vamos embora. Ainda temos muita magia nesta caminhada. 

Feliz Natal!

Imagem: daqui 

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Ai 2015 ainda cá andas?

Quando olho para os últimos 12 meses lembro-me dos piores puxões de tapete que já tive na vida.
Lembro-me da autenticidade que me tem sido roubada e que eu, passivamente, fui permitindo.
Comecei o ano de peito aberto para a vida e para as pessoas. A medo e sem saber o que se avizinhava fui dando, ajudando, apoiando. Conclusão: lixei-me.
Continuei a minha caminhada por hospitais com uma das provas mais duras em Fevereiro. Quis o destino que, apesar do susto, a vida continuasse sem sobressaltos.
Continuei com os puxões de tapete a nível profissional com entrevistas de emprego tão desfazadas quanto surreais. E com a certeza que não fiquei no único sítio que ainda hoje gostaria de ter ficado: no departamento de marketing da Aldo.
Andando mais no ano, veio aquilo que eu achei que seria a minha oportunidade. Veio a revelar-se no futuro como sendo o maior presente envenenado ao longo dos meus 30 anos de existência.
Chega o Verão e eu sem férias. Cansada, revoltada, desgastada. E então a vida trouxe-me a certeza de que a nível sentimental, há coisas que nunca mais se encaminharão. Em mim. Porque não me faz mais sentido. Ponto. Ponto final.
E quando me preparo para festejar o meu aniversário cheia de alegria, motivada, feliz, a vida presenteia-me com um cancro na laringe do meu pai. E foi então que passei a verbalizar das mais diferentes formas o meu maior receio: "O meu pai tem cancro". Entre lágrimas, sem voz, em abraços, de olhos no céu ou no chão,... foram muitas as formas em que disse esta frase. E foi então que eu soube o que era ter esperança e fé num momento onde tudo isso parece vazio e sem sentido.
Hoje a situação está resolvida a custo de uma traqueostomia que nos obrigou a uma adaptação difícil e completamente aterrorizadora para o meu herói. A vida continua e ele também. Entre uma ou outra lágrima lá segue à espera do dia em que volte a conseguir falar. E a revolta cresce à medida que sinto que houve negligência médica dos primeiros otorrinos que consultamos. Se fosse fácil de provar e ele não tivesse de se expor muito, eu processaria esses médicos pois com um diagnóstico numa fase inicial, o meu pai não teria de ser taqueostomizado.
Adiante, avancemos na narração que este assunto tem pano para mangas e noutro post falaremos.
Nesta altura de desnorte houve poucas pessoas que sabiam o que se passava. Houve muitos braços abertos mas poucos me chegaram. E até neste momento eu senti quem estava quem não quis estar e quem quis mas não teve coragem. Doeu muitas vezes saber que aquelas pessoas não estavam quando eu mais precisei.
Oh se doeu.
No dia em que a vida ainda me puxou mais o tapete tive vontade de esbofetear uma pessoa e de lhe dizer umas quantas verdades que só alguém mimado e desleal merece ouvir. Uma pessoa por quem fiz tanto e hoje em dia só gosta de me desmotivar. E estava a conseguir.
De 2015 levo muito. Muitas dores, muitas lições. Muita revolta que me esforçarei por aqui deixar. Este foi um dos piores anos que vivi. Mas não é por isso que deixarei de lhe apontar coisas boas. Em cada um destes pontos, eu encontrei um motivo para "agradecer" por estar a viver aquilo.
Não fosse o meu esforço e aprendizagem contínua, eu não teria aguentado todo este ano sem me intoxicar em medicação ou sem enlouquecer. Não tomo nada, só excesso de felicidade nos momentos de lazer que me permito viver.
Entre lágrimas e sorrisos, 2015 tirou-me o chão mas ensinou-me que eu até posso voar. E para 2016 só preciso de coragem e determinação pois quem veio até aqui também irá até ao fim do mundo. Dizem que uma estrada sem saída é sempre um bom caminho para recuar. Se até para nascer temos de dar a volta, o que poderia eu fazer com as desilusões de 2015 senão encarar tudo com um sorriso, com esperança e com garra? 

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Pelo Caminho Mais Feliz

Tenho 30 anos, 3 meses e 3 dias.
Tenho duas poderosas barreiras para enfrentar diariamente. Barreiras que me dão luta, que despertam o pior que há em mim.
Tenho, como a maioria das pessoas, dissabores, angústias, medos, problemas, revoltas, insatisfações.
Tenho uma vida sem luxos mas ao mesmo tempo tudo o que tenho é muito meu. E tudo o que tenho é valioso, essencial, imprescindível.
Carrego muitos erros na memória mas cada vez mais, luto para que eles não me cheguem ao peito. Carrego a certeza de que a vida nunca foi tão madrasta comigo mas carrego também o orgulho pela forma como passei a encarar o meu mundo, as minhas vivências e o meu caminho.
Tenho idade suficiente para saber o que me faz feliz. Ainda que não saiba o caminho que vou percorrer, eu já sei o que quero aproveitar na viagem. E é isto que faz toda a diferença: não há meta, idade, objectivo, fronteira, atitudes certas ou erradas. O único caminho que devemos escolher é o nosso. Podem impor-nos mil obstáculos mas nós podemos sempre contorná-los de modo a aproveitar a paisagem o melhor possível.
Por isso, quando me perguntam para onde vou, eu não sei responder. Não quero responder. Não gosto de pensar nisso porque a vida já me mostrou que num abrir e fechar de olhos, nos altera tudo.
Eu prefiro dizer como vou chegar lá. E isso é certo: entre os dias mais cinzentos e os momentos mais radiosos, eu irei sempre, sempre pelo caminho que me faz mais feliz.

terça-feira, dezembro 01, 2015

A "magia" do 2015

E assim chega Dezembro. O último mês do ano. Aquele mês que, como todos os meses de balanço, vem polvilhado de sentimento.
O mês do Natal e da corrida desenfreada. Do consumismo exacerbado. Mês de magia. De análise dos meses transactos e de planeamento de um novo ano que está prestes a estrear e no qual poderemos fazer o que quisermos.
Este ano Dezembro não será doce. Não sei o que me trará o dia de amanhã mas sei que a análise retrospectiva não é a mais feliz. Metade do ano foi passada a engolir uma mentira que me tira o sono, me consome e me revolta. E isto por si só já é um peso que não se deseja a ninguém.
Um quarto do ano foi passado em aflições e idas ao hospital. Outros tantos meses passados a segurar o mundo dos outros. Esses outros que não me seguraram quando o meu caiu.
Ai 2015 como eu "botei" tanta fé em ti e como tu me desiludiste tanto. E sim, não acredito que um mês mude a crueldade e a desilusão que me foste presenteando.
Sempre vos disse, meus amigos, para viverem de acordo com aquilo em que acreditam e para não cederem ao que a opinião alheia diz a respeito da Vossa vida. Sempre alertei, sempre defendi que quando passamos a viver em função dos outros deixamos de viver e passamos a existir. E foi isto, meus amigos, foi isto que me aconteceu. Deixei que me manipulassem, mentissem e me tirassem a única oportunidade decente que tive na vida.
E a gestão de tudo isto é difícil, é cruel. Exige um trabalho interior muito grande e constante. Um trabalho minucioso. Há tanto caminho que ainda tenho de percorrer para conseguir perdoar mas tenho de o fazer. Não por eles mas por mim. Porque preciso de paz que não estou a ter. Porque preciso de viver de acordo com aquilo em que acredito. Porque preciso voltar a sentir-me gente; uma pessoa que merece respeito em vez de constantes puxões de tapete.
É isto que eu te peço Dezembro. Mais paz e saúde. O resto a gente vai acertando contas ao longo do ano. Porque em 2016 vou voltar a ser livre e a viver de acordo com aquilo que defendo.
Está quase, quase, quase. E se pudesse dar um conselho a mim própria seria: "Respira fundo, Sandra. Respira fundo e mantém-te calma. Já falta muito pouquinho. Não partas a cara a ninguém. Não ofendas ninguém embora saibas que há pessoas que o merecem. Não dês motivos para que justifiquem a atitude deles. Mantém-te calma, não deixes o copo transbordar. Não deixes que os puxões de tapete te derrubem. AGUENTA-TE!"
Engulo mais um litro de lágrimas e tento desfazer o nó na garganta porque sei que a vida dá muitas voltas. E que não há maior sensação do que acabar o que se começa com dignidade. E porque nunca precisei de mentir a ninguém para me safar em nada. E esta minha consciência tranquila não há nada que pague. Pudesse a minha consciência acalmar a revolta e era eu uma mulher feliz.

Dezembro se não quiseres surpreender-me tudo bem, não me chateio. Mas por favor, não me desiludas mais! 
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