Gosto muito de falar com pessoas que saibam o que estão a ouvir e mais ainda daquelas que sabem o que dizer.
Hoje, em conversa com uma pessoa que admiro muito e que me expunha uma daquelas verdades cruéis, dei-me conta da imensa resistência que o ser humano tem.
Às vezes passamos por momentos de provações tão duras e dilacerantes que eu não sei como saímos vivos. Vivemos momentos de um sufoco extremo. Presenciamos catástrofes de toda a espécie que afectam as pessoas que nos rodeiam. Mas ultrapassámo-las. E com isto só posso dar razão àquele autor que diz que só sabemos que somos fortes quando a vida nos obriga a tal.
E eu concordo com ele. Não temos noção da força que temos até sermos confrontados com situações que nos exigem força, resiliência, atitude e coragem. E a verdade é que somos capazes de suportar. Cada um à sua maneira: uns vão de punhos cerrados, outros perdem o sorriso, outros ultrapassam a chorar. Mas a gente ultrapassa. A gente percebe que realmente a vida é mais um conto de factos do que um conto de fadas. Mas a gente ultrapassa. Com ou sem ajuda. E convém não esquecer que nunca, nunca estamos sozinhos. E que não existe problema nenhum em pedir ajuda.
A tempestade passa. Surgem dias mais calmos. E ficamos com a certeza de que as cicatrizes definem o que somos: somos seres capazes de suportar, somos seres que não desistem. Somos humanos com mais resiliência. Deixamos o mar acalmar e respiramos porque a tempestade passou. É possível que tenhamos receio mas, inevitavelmente, estamos mais preparados para a próxima batalha.
Porque é isto que somos obrigados a fazer: a viver em permanente equilíbrio entre momentos de felicidade e momentos de tempestade. Encarar ou fugir dos problemas depende unicamente da escolha de cada um de nós.
E lá à frente, mais lá à frente, a nossa escolha vai fazer todo o sentido. Sejamos bravos para enfrentar e persistentes naquilo que faz o nosso coração vibrar. É daí que vem a força que nos incentiva a conquistar o mundo.

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