Há dias em que precisamos parar. Desligar do mundo e ouvir apenas a nossa consciência.
Hoje fui a um dos sítios que mais tranquilidade me dá. Ouvi falar de flores, de casamentos, de jardins. Do tempo.
Sorri com muitos comentários de pessoas que nem estavam a falar comigo. Sorri para mim. Sorri comigo própria. Lembrei-me que tal como na Primavera, novas flores aparecerão. Que o Sol volta sempre a brilhar. Que o tempo fica mais quente. E então respirei com mais calma, com grandes (in)certezas.
As estações da vida são mesmo assim: é preciso deixar cair o que nos pesa, o que apodrece em nós. É essencial fazer o luto do que caiu e enfrentar os dias cinzentos. Os ventos, as chuvas torrenciais. Todos esses momentos são necessários para preparar o terreno para receber novas flores, novos dias, novos começos. E fazer por merecer todas essas dádivas que a vida nos dá.
Hoje podia estar triste porque é segunda-feira. Mas estou feliz porque a minha vida é um jardim: permanecem apenas as flores que querem, não as que eu determino.
Se eu corro atrás das borboletas? Não. Deixo-as ir livremente. Porque quando se quer ir, já há muito deixou de querer ficar.

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