Aquela mão que aperta a minha quando todo o mundo se queixa que ela está fria. Aquele abraço que me acolhe quando a incerteza domina e quando a felicidade me deixa eufórica.
Aquele olhar que não precisa de palavras mas que tudo diz. Aquele sorriso que, silencioso, transmite o que não podemos deixar de eternizar. Aquela garra que não sei de onde vem mas que me faz acreditar após cada desilusão.
Aquele beijo que me cala os pensamentos e me coloca apenas no presente. No momento que é tudo o que temos.
Não gosto só de ti. Gosto de mim e gosto de nós. Gosto de quando rimos do que somos, do que fazemos e da facilidade de não termos de explicar nada a ninguém porque só nós sabemos o que somos, o que queremos, o que temos.
Gosto de nós. De quando o mundo pára para nos ver viver. E sorrir. E dançar. E cantar bem alto.
Gosto. Gosto muito de nós. De mãos entrelaçadas, de camisolas partilhadas. De lembranças eternizadas.
Gosto de nós quando discutimos mas gosto mais quando baixamos os braços à batalha irrisória e lamentamos os minutos que perdemos de felicidade estando chateados. Gosto quando sabemos remar para o mesmo lado e quando fugimos da chuva que teima em molhar-nos.
Gosto de nós. Ontem e hoje. E é só o que é preciso. Ontem é história. Hoje é felicidade.
E amanhã? Amanhã é esperança de que continuemos a saber amar como crianças num amor de adultos.

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