Às vezes não precisamos de aplausos nem de ter um percurso sem percalços. Precisamos apenas de manter o equilíbrio, o movimento, a cabeça alinhada com o coração e a energia em ação.
Não precisamos de apertos de mão nem de palmadinhas de felicitação. Precisamos saber que independentemente de termos a oportunidade de estar do outro lado do mundo, a nossa felicidade resume-se a estar perto.
Não, eu não tenho a certeza sobre o amanhã. Sobre o amor, a amizade ou a vida. Não, não tenho grandes certezas, confesso. E é esta areia movediça na qual vivemos que me faz descer do meu mundo encantado dos sonhos e perceber o que é, efetivamente, importante: o agora, o caminho, o suave gesto de apreciar a paisagem, independentemente de qual for o destino.
Às vezes admitir que não sabemos para onde vamos ou para onde queremos ir, já é meio caminho andado para chegarmos onde queremos. E acertar as velas do barco enquanto ouvimos o nosso coração é a atitude que nos faz chegar lá.
Às vezes demoramos um mês, outras demoramos um estação. O importante é manter o movimento e ouvir o que não podemos, de modo algum, calar.
Hoje não sei se estou mais perto. Hoje só sei que estou mais feliz.
Sem comentários:
Enviar um comentário