terça-feira, junho 09, 2015

Acredito, logo vivo

E às vezes a vida é só isto: uma corrida intensa, uma luta acesa, uma crença vincada.
Não é mais do que continuar. Continuar apesar dos tapetes que nos puxam, das lágrimas que nos provocam, da tristeza que nos incutem.
Apesar disso, é preciso respirar. Bem fundo. E acreditar que mais lá para a frente, nalgum momento, as coisas vão fazer sentido. Os ponteiros do relógio rodarão no sentido correcto, os ventos transformar-se-ão em brisas e o mar acalmará.

Parece que querem que acreditemos que a vida é um jogo. Parece que esperam de nós apenas uma coisa: que vivamos como se fôssemos de ferro, que aprisionemos as nossas incertezas, medos e fraquezas. Não há dia em que a vida não me lembre disto. Mas eu, teimosa assumida, sou mais determinada que ela: eu sigo o que quero, ajo de acordo com o que penso e sinto. E só não o faço mais porque, infelizmente, ultrapassaria os limites da minha liberdade ao entrar na esfera privada de outros.

Mas enquanto houver determinação, eu não baixarei os braços. Já desisti de muito, talvez do mais importante mas a vida continua: de olhos postos no infinito e de sonhos que vão mais além.

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