Quis a vida que eu me cruzasse com pessoas menos boas, com personalidades que chocavam com a minha. A uns tive de dizer Adeus, outros deixaram-me essa mensagem. Uns vão me suportando e outros adoram-me, apesar dos choques de personalidade.
Quis a vida que eu passasse por momentos tristes e que eu escolhesse pessoas que não me fariam bem. Quis a vida que as desilusões fossem uma constante e que os puxões de orelhas se multiplicassem.
Quis a Vida que eu caísse e fosse ingénua vezes sem conta.
Mas o importante é que a vida também quis que eu resolvesse esse problema comigo própria. E que atenuasse esse meu instinto de querer fazer bem a toda a gente, de achar que toda as pessoas têm algo de bom que devo valorizar.
Quis a vida que eu fizesse uma limpeza na minha alma. Uma aprendizagem ainda em curso mas da qual tenho colhido frutos e me orgulho. Uma aprendizagem que exige esforço, dedicação e muita paciência.
Um processo que me permite valorizar quem, efectivamente, se importa, quem faz questão de estar perto, quem dá valor ao meu sorriso e quem está lá para segurar o coração quando ele teima sair pela boca.
Hoje abracei pessoas só com palavras. Emocionei-me ao ouvir feedback. Chorei de coração completamente derretido com o carinho que me dirigiram. Deixei cair a minha capa de super-mulher e acolhi, com serenidade, todas as comemorações e recomendações. colhi também os silêncios tão significativos.
E então vou dormir tranquila. Com a certeza que os próximos tempos serão intensos mas que eu tenho tudo o que preciso: tenho a minha força, a minha resiliência e vontade de conquistar o mundo. E tenho, acima de tudo, aquelas pessoas que gostam de mim e que estarão sempre presentes. Seja em Terra ou no Mar. Seja aqui ou na China. Seja por telefone ou presencialmente. Seja a que horas for, sei que terão sempre um carinho para o meu ingénuo coração.
Boa noite!

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