Gosto de pessoas que abrem o coração, que desnudam a alma e
que se recompõem num forte e longo abraço. Gosto de pessoas que mimam e que
gostam de ser apaparicadas. Gosto de pessoas que sonham, que perspetivam, que
alinham as velas e dão seguimento à viagem.
São estas pessoas, as corajosas, que mudam o mundo: o delas
e o meu. São estas pessoas que dão o peito às balas, que correm maratonas de
emoções, que travam as mais duras batalhas sem terem o cavalo mais forte ou a
espada mais resistente. Pessoas que independentemente da hora em que acordam,
levantam-se sempre com a certeza de que há algo que podem fazer acontecer.
Essas são as pessoas que mandam nesta porra toda: as sábias
sem diploma catedrático, as fortes sem certificado de qualidade e segurança, as
alegres sem certificação de felicidade. Há quem pense que são as mais ricas, as
mais influentes, as que preenchem as agendas com contactos importantes. Mas não
são. As pessoas que mandam nisto tudo são as que têm ideias, que acordam
inspiradas (ou se inspiram depois de uma chávena de café), que distribuem
sorrisos e batem com o pé. Acreditem, são essas que mandam nesta porra toda.
São as que levam os sonhos para a cama e de manhã os transformam em realidade,
são as que não desistem, as que choram de alegria ou de revolta mas que voltam
mais resilientes do que nunca.
São aquelas que nos distribuem sorrisos e abraços gratuitos.
E que preenchem a alma apenas com coisas boas. Que se alimentam de esperanças
biológicas e de sentimentos recheadinhos de nutrientes essenciais. São essas
que mostram quem manda. São essas que são recordadas mesmo depois da partida.
Um dia disseram-me que eu podia mudar o mundo. Com palavras.
Não entendi, pensei que o mundo seria conquistado com bombas e mísseis, jogos
de interesses e muitas armas biológicas. Hoje sei que não e orgulho-me de ser
uma das pessoas que manda nesta porra toda!
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