Estou gordinha. Tenho rugas, estrias e celulite. Tenho marcas e cicatrizes visíveis e internas. As minhas unhas já não são tão fortes e os cabelos brancos não perdoam.
Sou impulsiva. Excessivamente emotiva. Choro com facilidade e aguento os soluços vezes sem conta.
Não tenho roupas de marca. Nem carro topo de gama. Nem casa de praia.
Mas tudo o que sou é tudo o que aprendi a gostar. E outras coisas vou aprendendo. Porque a certeza é uma e é muito objectiva: terei de me amar se quiser ser feliz. E eu quero. Muito. Entre uma taquicardia e as cefaleias; entre o pôr do sol num dia de Verão e as caminhadas íngremes, uma coisa é certa: vou procurando o melhor de mim, limando os defeitos, corrigindo os erros, esculpindo uma obra de arte a que chamo de vida.
Às vezes, o desafio maior não está na estrada; está no nosso coração.
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